O conflito armado colombiano liga-se ao controle do território. A violência deste
processo faz da Colômbia o país com a segunda maior população de deslocados
internos do mundo (IDMC, 2015). O artigo considera um conjunto de notícias da
Revista Semana e analisa que elementos do conflito são acionados ao falar dos
deslocamentos. Com o aporte das noções de combates discursivos (Foucault,
2006) e de trajeto temático (Guilhaumou, 2009), identifica que as pautas, fontes
e enquadramentos são externos à Colômbia, porque se originam de relatórios
de organismos estrangeiros, e que o conflito armado aparece somente quando é
acionado pelas fontes. Apesar de reiteradamente assumir este exterior discursivo,
a revista apaga atores do conflito.
Colombian armed conflict relates to the control of the territory. The violence of
this process turns Colombia into the country with the second largest population
of internally displaced persons (IPDs). In this essay, we consider a set of news
from Colombian magazine Revista Semana and analyze which elements of
the conflict are operated by Journalism when it talks about displacement.
Inspired by the notions of discourse battles (Foucault, 2006) and thematic
path (Guilhaumou, 2009), we identify that agendas, sources and framings are
external to Colombia, because they are originated by reports from international
organizations, and that the armed conflict only appears when it is triggered by
the sources. Despite repeatedly assuming this discursive exterior, the magazine
does not show the actors of the conflict.
El control del territorio es uno de los factores del conflicto interno colombiano.
La violencia de este proceso hace de Colombia el país con la segunda mayor
población de desplazados internos del mundo (IDMC, 2015). El artículo considera
una serie de noticias de la Revista Semana y analiza qué elementos del conflicto
muestra el periodismo cuando habla del desplazamiento. Por medio del aporte
de los conceptos de combates discursivos (Foucault, 2006) y trayecto temático
(Guilhaumou, 2009), se identifica que las pautas, fuentes y encuadres son
exteriores a Colombia, porque se originan en informes de agencias extranjeras y
que el conflicto armado aparece sólo cuando las fuentes lo traen. Aunque asume
este exterior discursivo, la revista suprime actores del conflicto.