A presente dissertação se propõe a analisar como a cobertura da Operação Lava Jato por parte da grande mídia foi essencial para a produção de subjetividades, servindo como um instrumento auxiliar para a adoção de medidas autoritárias e que ferem o devido processo legal (lawfare), sob a justificativa do combate à corrupção. Desse modo, o estudo inicia com um levantamento histórico sobre casos de corrupção e como esta bandeira é levantada convenientemente por setores da elite para justificar condutas desarrazoadas, algo novamente percebido no curso da Operação Lava Jato, onde o combate à corrupção foi o argumento, o lawfare a tática e a grande mídia o canal justificador de condutas. Por fim, põe-se em exame o conteúdo do jornal O Globo, como exemplo dessa conduta sensacionalista e produtora de subjetividades realizada pela grande mídia, produzindo um inimigo que deve ser combatido a qualquer custo.