El presente artículo analiza los supuestos epistemológicos que han configurado
la comunicación ambiental (CA) en España y América Latina. Se pudo determinar
que los autores iberoamericanos que han trabajado la CA no reflexionan sobre
la noción de ambiente, sino que se limitan a indicar estrategias para fomentar
comportamientos favorables al ambiente. Adicionalmente, el texto propone
ampliar la noción de ambiente presente en la CA, para lo cual recurre a la relacionalidad,
la enacción y el Buen Vivir, categorías que se sobreponen a los límites
de la tradición occidental. Finalmente, se propone que los comunicadores
ambientales realicen un autoanálisis que les permita identificar herencias biológicas
y culturales que, inconscientemente, configuran su noción de ambiente
y su relación con la naturaleza.
This article analizes the epistemological assumptions that have shaped the environmental
communication (EC) in Spain and Latin America. It was established
that Iberoamerican authors who have studied the EC do not consider the notion
of environment; they are limited to presenting strategies which promote environmentally-
friendly behaviors. In addition, this article proposes the EC notion
of environment to be extended, resorting to the categories of relationality, enaction
and the Good Living. Finally, this article recommends environmental communicators
to cultivate a self-analysis enabling them to identify biological and
cultural heritages which, unconsciously, shape their notion of environment and
their relation with nature.
O presente artigo analisa os pressupostos epistemológicos que configuraram
a comunicação ambiental (CA) no continente latino-americano e também na
Espanha. Os resultados analíticos demonstram que autores ibero-americanos
no campo da CA não refletem sobre a noção de ambiente, limitando-se em seus
aportes à indicação de estratégias e fomento a comportamentos favoráveis ao
meio ambiente. Com base nessa constatação, o texto propõe a ampliação da
noção de ambiente presente na CA por meio de conceitos como a relacionalidade,
enação e o Buen Vivir, categorias que se sobrepõem aos limites da tradição
ocidental. Por fim, recomenda-se aos comunicadores ambientais a realização de
uma autoanálise que permita a identificação de heranças biológicas e culturais
que, inconscientemente, configuram sua noção de ambiente e sua relação com
a natureza.