En los últimos veinte años se produjeron en Chile casi el doble de los largometrajes
realizados durante todo el siglo XX. Las razones económicas, tecnológicas
y políticas que permitieron ese “boom” del cine chileno se analizan desde una
perspectiva crítica, indagando en los factores estructurantes de esta forma de
desarrollo cinematográfico funcional al modelo económico neoliberal chileno.
Sostengo que este cine puede ser definido estética, ética, conceptual y teóricamente
desde el propio régimen de producción cultural que lo hace posible.
Como tal, puede ser descripto estéticamente como anodino, culturalmente conservador,
éticamente individualista, ideológicamente de derecha y discursivamente
“progresista”.
During the last twenty years almost twice as many films were produced in Chile
as those made throughout the twentieth century. Economic, technological and
political reasons that allowed the “boom” of Chilean cinema are analyzed from a
critical perspective, looking into the structural factors of this cinematographic
development scheme which is functional to Chilean neoliberal economic model.
I argue this cinema can be defined in its aesthetic, ethical, conceptual and
theoretical dimension from the own regime of cultural production that makes it
possible. As such, it can be described as anodyne in aesthetic terms, culturally
conservative, ethically individualist, ideologically at the right and discursively
“progressive”.
Nos últimos vinte anos foram produzidos no Chile quase o dobro dos longas-metragens
realizados durante todo o século XX. As razões econômicas, tecnológicas
e políticas que permitiram o boom do cinema chileno serão analisadas
aqui desde uma perspectiva crítica, questionando os fatores estruturantes do
desenvolvimento cinematográfico funcionais ao modelo econômico neoliberal
chileno. Argumento que tal cinema pode ser definido estética, ética, conceitual
e teóricamente a partir do próprio regime de produção que o engendra. Como
tal, pode ser descrito estéticamente como anódino, culturalmente conservador,
éticamente individualista, ideológicamente de direita e discursivamente
“progresista”.