O PIB brasileiro no ano de 2020, segundo o IBGE, fechou em R$ 7,4 trilhões, representando uma queda de 4,1 %, comparado ao ano anterior, foi a menor taxa da série histórica, que começou em 1996. Em período de recessão econômica e austeridade fiscal é importante realizar estudos para auxiliar no planejamento da administração pública e avaliar os programas e políticas públicas sociais anteriormente desenvolvidas, para a redução da desigualdade e pobreza na zona rural, principalmente nas pequenas cidades. Desta forma, o objetivo do presente trabalho é analisar duas políticas públicas de desenvolvimento regional e local agrário implementadas no Município de Muqui-ES quanto a sua efetividade para promover a diversificação de culturas agrícolas e o desenvolvimento socioeconômico: Apisfrut (PA) e Feira Livre da Agricultura Familiar (PF). Concluiu-se que o Desenvolvimento local é um processo endógeno, devendo partir das potencialidades para criar sentimento de pertencimento. As metodologias dos projetos PA e PF podem ser replicadas, considerando as especificidades, as ameaças, fragilidades encontradas, bem como a formação do processo histórico, socioeconômico, cultural e político do território. Ambos os projetos foram atingidos por descontinuidade da política pública, possivelmente, pôr não apresentarem uma Governança Democrática, com uma rede de parcerias sustentável. No município de Muqui, o PF apresentou maior viabilidade, no que tange o uso dos recursos públicos, e sustentabilidade diante das ameaças devido a metodologia empregada que permitiu a promoção do capital social, sentimento de pertencimento, da segurança alimentar, maior potencial de inserção de famílias e dinamismo econômico. Para promover a sustentabilidade socioeconômica dos programas identificou-se que é necessário desenvolver redes de parcerias e promover a participação popular, de forma que permita uma governança democrática.