O direito à comunicação possui reconhecimento formal como direito humano no Brasil desde 2009 e precisa ser explorado em suas diversas dimensões. Este trabalho tem como objetivo explorar a face social do direito à comunicação, por meio dos debates sobre desigualdade multidimensional e neoliberalismo. Visa a entender as implicações entre a redução das desigualdades e a garantia desse direito no Brasil, um país de capitalismo dependente marcado por disparidades sociais. Para desenvolver essa análise, esta pesquisa investigará a concepção e a implementação do Programa Territórios da Cidadania durante o governo Lula e as mudanças promovidas nos territórios beneficiados durante o governo Dilma através do Plano Brasil Sem Miséria, em especial por meio da atuação da Embrapa. Retomando os debates da concepção do direito à comunicação promovidos pela Unesco e relacionando-os com as discussões da desigualdade multidimensional, esta dissertação pretende articular campos do conhecimento distintos de forma transversal para assim escutar os ecos da desigualdade.