Descripción:
Em 2016, a partir da Medida Provisória nº 746 e da Portaria nº 1.145, foi instituído o
Programa de Fomento à Implementação de Escolas em Tempo Integral (EMTI) no Brasil. Na
esteira da Medida Provisória e da Portaria, foi implementado, em 2017, na rede estadual de
ensino de Santa Catarina, o Programa Ensino Médio Integral em Tempo Integral (EMITI).
Nesse sentido, a presente pesquisa teve como objeto de análise o Programa supracitado na
rede estadual catarinense e buscou, enquanto objetivo, identificar e analisar os motivos pelos
quais os estudantes ingressaram, permaneceram ou se evadiram do programa nos três
primeiros anos de sua implementação, a partir de entrevistas presenciais e nas escolas, com
profissionais da educação envolvidos com o Programa, considerando o 1º ano em 2017, o 2º
ano em 2018 e o 3º ano em 2019 como parte da metodologia qualitativa. Ainda, buscou-se
analisar a política educacional de Ensino Médio Integral nos diferentes níveis federativos, no
que tange a concepção e implementação dos programas de educação integral em tempo
integral nas redes públicas de Ensino Médio do país, a partir de análise da legislação dos
estudos realizados em Pernambuco e São Paulo. Quantitativamente, objetivou-se identificar e
analisar as matrículas dos estudantes do EMITI nas 15 primeiras escolas participantes, além
do Indicador de Nível Socioeconômico (INSE) dessas escolas no período pesquisado.
Concluiu-se que o programa obteve avanços, tais como o estreitamento dos laços afetivos
entre estudantes e docentes e o aumento da carga horária destinada ao planejamento pelos
professores. Por outro lado, apresentou limites e contradições, devido ao alto índice de evasão
e um consequente esvaziamento das escolas ou a superlotação das turmas do período noturno
e o encerramento do programa em algumas escolas.