Esta dissertação tem como tema, “A Integração dos Equipamentos Públicos de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência: uma análise da Casa da Mulher Brasileira de Campo Grande – MS, período de 2015 a 2017”, trata-se de uma pesquisa documental, com a realização de entrevistas, que teve como principal objetivo, analisar a integração e o funcionamento da Casa da Mulher Brasileira de Campo Grande. Aborda a trajetória dos Movimentos Feministas e Movimento de Mulheres no País e no Mato Grosso do Sul e a sua contribuição na conquista de direitos e na implementação das políticas públicas para as mulheres no âmbito do Estado. Apresenta o Programa Mulher Viver sem Violência, lançado em 2013 como estratégia do Governo Federal para o fortalecimento da Política Nacional de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres, tendo, dentre suas estratégias, a criação da Casa da Mulher Brasileira, nosso objeto de análise. Exibe ainda, dados relevantes sobre a violência contra as mulheres, essa terrível violência que atinge as mulheres indistintamente, e se constitui como uma das principais formas de violação da dignidade humana. Realiza análise das políticas públicas a partir da apreciação de documentação oficial, dos dados obtidos através da aplicação do questionário a todas as gestoras dos equipamentos que compõem a Casa da Mulher Brasileira, e das entrevistas realizadas com Aparecida Gonçalves, Secretária Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres nos Governos Lula e Dilma (jan/2003 – ago/2016), atuando diretamente na construção desta política em âmbito nacional, e, Eloísa Castro Berro, primeira coordenadora da Casa da Mulher Brasileira de Campo Grande, responsável, junto com sua equipe técnica pela implementação da política pública. Da análise dos dados documentais, das entrevistas e questionários, é possível afirmar que a Casa da Mulher Brasileira de Campo Grande é uma política pública inovadora, resultado do esforço e da vontade política do Governo Dilma Rousseff em parceria com estados e municípios. É um marco na forma de lidar com a violência doméstica e familiar no país. Se consolidou como um instrumento eficaz e preciso no enfrentamento à violência contra as mulheres e no atendimento integral, especializado e humanizado das vítimas.