O objetivo do trabalho é analisar as políticas públicas da doença no Estado de Minas Gerais no século XIX e XX para o combate da Hanseníase e a história da Colônia Santa Isabel. A hanseníase é uma doença transmissível causada por uma bactéria que afeta principalmente a pele e os nervos periféricos. Ela progride lentamente e tem um período de incubação média. A hanseníase pode atingir todas as idades e ambos os sexos. É uma doença que compõe o grupo das doenças negligenciadas e estigmatizantes. Na Bíblia Sagrada, a enfermidade pode ser entendida como uma punição divina, castigo ou pecado que influenciou de forma cruel como a Europa Medieval lidou com a doença. No período medieval, a palavra Lepra era muito comum, tornando-se a alternância da nomenclatura para Hanseníase no Século XX. No século XIX, foi descoberto o bacilo de Hansen fortalecendo o embasamento para a prática do isolamento compulsórios dos acometidos pela moléstia. Fato que interferiu toda a forma de saúde pública brasileira de como lidar com a doença. O objetivo da Dissertação foi o de analisar as políticas públicas no Estado de Minas Gerais no século XIX e XX para o combate da Hanseníase e a história da Colônia Santa Isabel. Antigamente a forma encontrada para o tratamento era o isolamento, atualmente a prática do isolamento não funciona mais e a hanseníase pode ser facilmente curada com a Poliquimioterapia (PQT). A PQT está disponível de forma gratuita em todos os postos e centros de saúde e unidades saúde da família. Foi realizada revisão de diversos artigos para pesquisa e história das políticas públicas de combate a hanseníase no Brasil, com consultas em artigos acadêmicos e científicos, e pesquisa no centro de Saúde da Colônia Santa Isabel, buscando informações científica sobre as políticas públicas para o combate a hanseníase. Somente no século XX foi possível o aparecimento adotado para as políticas públicas no combate da doença no Brasil, marcado pelo isolamento dos doentes em asilos e colônias no governo de Getúlio Vargas, e estendido até o aparecimento das Sulfonas, sendo assim o descobrimento tornando-se ineficaz para a cura dos pacientes acarretando graves conseqüências deixando os doentes com seqüelas. Atualmente com as políticas públicas de combate a hanseníase houve avanço na divulgação para o tratamento, mas ainda há muito a fazer para os acometidos, tais como o acesso aos hospitais e locomoção a melhoria do acesso ao diagnóstico e tratamento da hanseníase é crucial. Na Colônia Santa Isabel, aonde chegou a ser um dos maiores leprosários do Estado de Minas Gerais hoje funciona a Casa de Saúde mantida pela FHEMIG (Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais) tornando-se referência no tratamento e combate a Hanseníase no Estado. Conclui que com esse estudo, percebe-se que o emprego da política pública autoritária implementada com a forma do isolamento compulsório dos doentes acometidos pela doença repercutiu seriamente em suas vidas. Muitos enfrentaram o preconceito, perderam famílias, empregos e a liberdade, muitos tiveram dificuldade de adaptação. Com a descoberta do bacilo e com a chegada de um novo tratamento, novas esperanças os doentes começaram a ter. com a implementação de uma política pública para o combate a doença o hanseniano passa a ter o tratamento com novo medicamentos e amparados pelo estado.