Description:
A presente pesquisa teve como objetivo verificar se os/as alunos/as com deficiência
regularmente matriculados em uma escola municipal no interior de Minas Gerais, tinham
garantido o direito à educação inclusiva, de acordo com as normas e legislações vigentes no
país. Para ampliar os conhecimentos sobre a questão da Educação Especial buscou-se
referências em Cardoso (1992); Ferreira, J. R. (1993); Ferreira, M. E. C. (1995); Glat (1988;
1991; 1995; 1997; 1998); Mantoan (1987; 1988; 1991; 1994, 1995; 1996; 1997; 1998);
Mazzota (1997); Mendes (1994); Omote (1994); e inúmeros outros, além de leis e decretos
nacionais. Estes autores e autoras citados apresentam muitos argumentos a favor de uma
educação igualitária. Para isto, constituiu-se um estudo qualitativo de natureza exploratória e
descritiva, utilizando como instrumento de coleta de dados um roteiro de entrevista, aplicado
para cinco professoras da Escola Municipal. A análise de conteúdo e os resultados revelaram
que as professoras são cientes da existência de leis que regem os direitos dos alunos
deficientes, mas não sabem citá-las e não as colocam em prática como deveriam. Há
professoras que não apresentam formação na área de educação especial; outras que trabalham
a partir das especificidades do aluno, utilizam atividades adaptadas e diferenciadas, mas
encontram dificuldades no desenvolvimento do trabalho. Não existe uma parceria entre a
professora regular e a professora de apoio, mas concordam que a inserção do aluno públicoalvo da educação especial traz ganhos no contexto geral, sendo que o docente é uma peça
importante para a real inclusão acadêmica dos alunos em questão. Diante dos achados da
pesquisa, fica evidente que a inclusão educacional de alunos/as deficientes enquanto política
pública não se efetiva na totalidade.