A Previdência Social no Brasil é foco do presente estudo. Seus avanços e retrocessos. Num sistema marcado pela desigualdade de gêneros, a Constituição Federal de 1988 acenou com a perspectiva de um tratamento mais humano e singular para a mulher brasileira. A emergência de um discurso da classe dominante pela reforma da previdência tinha por finalidade o ajuste das contas públicas e o combate a um suposto déficit da previdência. O poder de intervenção popular foi calado por uma intensa campanha da mídia. Buscou-se, sobretudo, atender o conjunto de interesses do governo e da classe política dominante. Assim foi aprovada e entrou em vigor a Emenda Constitucional 103 de 2019 cujas mudanças implementadas causaram enormes prejuízos aos trabalhadores e contribuintes brasileiros e de forma mais efetiva às mulheres, que foram as maiores vítimas da nova previdência.