O presente trabalho descreve o processo da ruptura antidemocrática que, o Fórum Nacional de Educação – FNE sofreu no Brasil em 2017, como consequência do golpe parlamentar-jurídico-midiático que retirou da presidência da República a presidente eleita Dilma Rousseff. A base dos estudos foram os documentos do ministério da educação (MEC), textos das entidades educacionais que se contrapuseram às ações do MEC, ao que chamaram de “golpe na constituição do FNE”, e, as entrevistas realizadas com membros da coordenação do FNE que apresentaram os debates internos com a equipe do MEC. Esses relatos foram importantes e definidores para a compreensão das ações do governo em relação ao FNE na gestão golpista de Mendonça Filho. O Decreto de 26 de abril (s/nº) e Portaria nº 577 de 27 de abril, ambos de 2017 consolidaram a intervenção do MEC no Fórum Nacional de Educação. As análises apontaram um duplo retrocesso educacional: a ruptura da construção democrática da participação da sociedade civil no controle social educacional e a ampliação dos interesses dos setores privatistas.