Descripción:
A profissão farmacêutica tem sua origem na milenar arte da manipulação artesanal
de medicamentos. No Brasil Colônia, as primeiras boticas aqui instaladas pelos
boticários portugueses, que já despertaram grande interesse por parte dos
comerciantes leigos, predominaram por muito tempo até que os primeiros cursos de
formação de farmacêuticos brasileiros fossem instalados no fim da primeira metade
do século XIX. No entanto, mesmo ocupando maior espaço de atendimento
farmacêutico por meio do fornecimento de medicamentos artesanalmente
manipulados nas farmácias até meados do século XX, foi com o desenvolvimento da
indústria fabricante de medicamentos em larga escala que se transformou o perfil
dos estabelecimentos farmacêuticos, a partir da autorização da abertura de
drogarias por não-farmacêuticos. Isso aumentou sobremaneira o número de
estabelecimentos de dispensação de medicamentos no Brasil. Ao mesmo tempo,
uma mudança significativa no currículo de graduação direcionou os recém-formados
para outras atividades da profissão que não a farmácia. Com o aumento crescente
do consumo de medicamentos no País e com a chegada da indústria farmacêutica
estrangeira, houve diversas tentativas de flexibilizar a venda de medicamentos a
despeito dos riscos do uso indevido. A defesa de uma legislação que garanta o
exercício do profissional nas farmácias e drogarias e que busque assegurar o uso
racional dos medicamentos, evitando a banalização do seu consumo, tem sido uma
luta permanente dos sindicatos farmacêuticos. O estudo teve como centralidade a
pesquisa bibliográfica relacionada ao tema. Uma das conclusões do estudo é de que
quanto mais próximo o farmacêutico estiver dos pacientes e clientes, maior será o
reconhecimento da profissão perante a sociedade, com a valorização deste
profissional imprescindível para a saúde pública em nosso País.